O processo da morte de Jesus ocorre de maneira dolorosa através de uma traição, chicoteadas severas e morte em cruz romana. Mas sua morte não inicia exatamente na traição de Judas. Durante quase todo seu ministério os lideres judeus se incomodam com as palavras e os atos de Jesus, e, portanto durante todo esse tempo eles tramam formas de O calar. Podemos iniciar o estudo da morte de Jesus a partir das ultimas reuniões do sinédrio sobre o assunto.
É importante observar que os relatos desses acontecimentos estão escritos fora de ordem em todos os evangelhos, e alguns deles com mais detalhes que outros. Portanto abaixo navegaremos em alguns livros e capítulos para entender como tudo aconteceu de forma cronológica, ou seja, neste estudo veremos a forma como aconteceu passo a passo.
Para melhor compreensão indicamos que se façam as leituras indicadas nos livros bíblicos.
OS FATOS QUE ANTECEDEM A PRISÃO
João 11:47-57 – A DECISÃO DO SINÉDRIO
Os principais sacerdotes (saduceus) e os fariseus convocaram uma reunião do Sinédrio, sendo o Sinédrio como um fórum, trava-se de uma reunião com fins legais e criminais, uma reunião para tratar de formas de condenação. Nessa reunião estariam presentes lideres que odiavam Jesus, como Caifás, e lideres que seguiam Jesus, como José de Arimatéia. O Sinédrio trabalhava com votações, caso não houvesse consenso o sumo-sacerdote definia o resultado. Provavelmente eles deliberaram a favor de calar Jesus, pois a maior do Sinédrio era composta por fariseus, e eles além de terem mais votos, eram a parte que mais tiveram problemas com as pregações de Jesus.
Segundo o texto no verso 53 (Daquele dia em diante, consultavam-se para o matarem), eles deliberaram por matar Jesus, ou seja ele foi condenado pelo Sinédrio, não se fala se havia peso legal, quais leis ele infligiu? Provavelmente nenhuma, pois depois eles não conseguiram aplicar nenhuma pena nele (veremos isso nos próximos estudos) provavelmente essa decisão foi ilegal e sem nenhum fundamento nas leis judaicas. Esse foi o primeiro momento em que uma decisão real contra Jesus foi tomada. Até então os lideres judeus odiavam cada vez mais Jesus, mas ainda não havia nenhuma decisão efetiva contra Ele.
Jesus passou um tempo em Efraim, provavelmente o tempo em que os demais judeus migravam de suas cidades para Jerusalém, pois a pascoa estava próxima. Portanto os lideres não o encontravam para aplicar sua decisão. De Efraim, seguiu para Betânia, para um jantar na casa de Simão, o leproso (que estava curado).
A páscoa se aproximava, e aqui falaremos dos fatos que aconteceram entre o sábado 6 dias antes da morte, e a quinta-feira, dia da Ceia.
Marcos 14:03-09> A UNÇÃO DA MULHER DE BETÂNIA
Vemos a cena da mulher que unge Jesus com nardo no vaso de alabastro. O vaso era um frasco de pescoço longo, feito de um mármore egípcio esculpido e era caro, portanto o ato de quebrar o pescoço dele também foi uma oferta, e provavelmente foi para que o liquido saísse mais rapidamente.
Marcos diz que o nardo custava 300 denários, cada denário é o valor de 1 dia de trabalho. Em João 12:03 essa mesma cena, João descreve essa mulher como sendo Maria, irmã de Marta e Lazaro. Lembre-se que eles também moravam em Betânia, lugar onde essa cena aconteceu, sendo bem possível mesmo ser Maria.
Esse jantar aconteceu no sábado 6 dias antes da Páscoa. Mas está descrito em Marcos, Mateus e Lucas, no texto entre a reunião de Caifás e a compra de Judas, e esses acontecem 2 dias antes da Páscoa. Provavelmente o texto da unção com nardo (6 dias antes) é escrito aqui (dias depois) fora de ordem cronológica, porque logo em seguida vem a narração de Judas que se vende para trair Jesus. Logo falaremos desse fato, é importante observar isso.
Então Jesus sai de Betânia e ruma para Jerusalém. Todas as famílias judaicas deveriam ir, ou enviar representantes até Jerusalém na Pascoa, para oferecer sacrifícios e ofertas no templo, lembre-se que o único templo dos judeus ficava em Jerusalém. Então a cidade deveria estar sobrecarregada de pessoas.
Mateus 21:01-11: A ENTRADA TRINFAL
Antes de chegar a cidade Jesus pediu que 2 discípulos fossem a uma vila perto do Monte das Oliveiras e trouxessem uma jumenta e seu jumentinho que encontrariam ali. Ele montou o filhote, provavelmente a mãe veio junto para fazer o filhote cooperar no caminho pois ele nunca havia sido montado antes, se tratava de um filhote nunca montado (os judeus consideravam um filhote nunca montado como um animal que poderia ser usado para propósitos santos). A escolha do jumentinho não parece ter sido intencional, era o animal que havia disponível no momento. Em Marcos 11:04-06 diz que os 2 discípulos encontraram o jumentinho preso ao um portão e o desprenderam, ao passo que apareceu seu dono questionando porque.
Existe uma profecia 400 anos antes, de Zacarias para esse momento:
“Alegra-te muito, ó filha de Sião, exulta ó filha de Jerusalém: eis aí te vem o teu rei, justo e salvador, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de jumenta” (Zacarias 9:9).
Ao entrar na cidade, uma multidão o recebeu, as pessoas estava admiradas com os relatos que ouviam sobre Lazaro, e queriam ver quem era Jesus. Algumas dessas pessoas colocaram suas próprias vestes no caminho, e outros colocaram ramos de arvores. Espalhar roupas no caminho era uma homenagem do povo reservada para alta realeza, e isso sugeria que eles reconheciam que Jesus era o Rei dos Judeus.
Lucas 19:39-40 termina essa cena falando do quanto os fariseus ficaram irritados com esse gesto.
Alguns dos fariseus que estavam no meio da multidão disseram a Jesus: “Mestre, repreende os teus discípulos! ”
“Eu lhes digo”, respondeu ele, “se eles se calarem, as pedras clamarão”.
A entrada de Jesus em Jerusalém foi na semana de pascoa, e irritou os lideres judeus. Ela foi o motivo da reunião na casa de Caifás.
Mateus 26:03-05 > REUNIÃO DE CAÍFAS
Dois dias antes da Páscoa, lideres do sinédrio se reuniram na casa de Caífas para tratar de como prender Jesus. Uma reunião secreta e somente com alguns dos lideres, provavelmente aqueles que apoiavam Caifás.
Eles decidiram não fazer nada ate a pascoa passar. Isso porque todo o povo judeu deveria estar em Jerusalém na Páscoa para prestar sacrifícios no templo. Estimasse que eram 2 milhões de pessoas. A maioria dos seguidores de Jesus eram galileus, portanto quando passasse a pascoa seria mais fácil prender Jesus, pois os galileus já teriam saído de Jerusalém, e assim eles evitariam uma rebelião.
Mateus 26:14-16 > PACTO DE TRAIÇÃO
Não tem a data exata de quando isso ocorreu, mas provavelmente foi entre a reunião dos lideres (2 dias antes da traição) e a traição em si. Judas recebeu 30 moedas de prata, isso era o valor que se pagava por um escravo, veja o que pensaram, é como se dissessem “Vamos comprar Jesus como se compra um escravo”. Judas era filho de Simão Iscariotes, Iscariotes significa “homem de Queriote” uma pequena cidade da Judeia. Ele era o único discípulo que não era da Galileia.
Não fica muito claro na bíblia que Judas tenha roubado ofertas durante o ministério de Jesus, mas muitos teólogos alegam que Judas desde o inicio se comportava como ladrão no grupo, e em João 12:04-05 João fala que Judas começou o protesto quanto a oferta da mulher em Betânia, provavelmente porque se ela ofertasse ao grupo ao invés de derramar, ele poderia vender e ficar com parte do valor.
O texto da mulher de Betânia (Mateus 26:06-13) que entrega uma oferta valiosa de puro amor, fica ao lado do texto onde Judas vende Jesus pelo valor de um escravo. Provavelmente os autores dos evangelhos queriam mostrar o contraste entre as duas coisas.
Marcos 14:12-16> OS PREPARATIVOS DA PASCOA
Segundo a tradição na quinta-feira era imolado um cordeiro por família, seu sangue era aspergido no altar do templo, e o cordeiro era levado para casa, assado e comido na refeição da noite com vinho e pães asmos e ervas amargas (uma pasta feita com maça, tâmara, romã e nozes onde se molhava o pão para comer).
Só era permitido que 2 pessoas acompanhassem o cordeiro para o sacrifício, portanto apenas dois discípulos fizeram o processo. Antes de sair eles pediram a Jesus aonde irão para preparar a refeição da noite, e Jesus respondeu dizendo que deveriam ir para a cidade, e quando encontrassem um homem carregando um cântaro de agua deveriam segui-lo ate a hospedaria onde poderiam alugar o local.
Não era nada comum homens carregando cântaros de agua, somente mulheres o faziam, por isso deve ter sido fácil encontrar. O local fornecido foi um cenáculo, uma descrição para uma câmara espaçosa na parte superior da casa.
É importante esse relato porque Jesus não fala exatamente onde vai ser a hospedaria, ele diz que devem seguir o rapaz ate o local. Uma forma de manter Judas sem saber do local exato da ceia, pois sabendo que Judas já havia prometido entregar-lhe, se Judas soubesse onde seria a ceia teria contado aos saduceus, e estes poderiam ter enviado guardas ao local.
João 13:01-11 > O LAVA PÉS
Era comum na tradição lavar os pés e as mãos antes de um evento como casamentos ou ceias. Neste caso todos deveriam lavar-se para o evento. O texto diz que Jesus levantou-se da mesa e passou a lavar os pés dos discípulos. Isso não aconteceu durante a ceia, foi minutos antes como o costume, geralmente o menor da casa ou um servo lavava os pés dos convidados.
Alguns teólogos acreditam que os discípulos devem ter discutido entre eles quanto a posição de quem iria lavar os pés dos outros, provavelmente ninguém queria faze-lo, o que fez com que Jesus se levantasse para passar uma lição importante de humildade . Também é um ato simbólico grandioso, porque ele lava os pés, como significado de limpar aquilo que te liga ao mundano, desprendendo do mundano para poder executar o ato da salvação.
Marcos 14:17-21> A CEIA
Ao cair da tarde significa literalmente ao por do sol, mas a refeição deveria obrigatoriamente terminar antes da meia-noite.
A sequencia de uma ceia de pascoa era:
- Beber um cálice de vinho
- Lavar as mãos, simbolizando a lavagem espiritual para a limpeza moral.
- Comer ervas amargas, símbolo da escravidão do Egito
- Beber o segundo cálice de vinho, momento em que o chefe da casa explicaria o significado da pascoa
- Cantar o hallel (salmo 113 até 118)
- O cordeiro era trazido e o chefe da casa distribuía pedaços junto com pão sem fermento
- Beber o terceiro cálice de vinho
Jesus provavelmente seguiu a tradição. E foi no passo terceiro que provavelmente revelou a intenção do traídor.
As ervas estariam dispostas em potes sobre a mesa, sendo que no pote do chefe da família também partilhavam as pessoas sentadas a seu lado, estar ao lado do chefe da casa durante a refeição era uma posição de honra, portanto Judas estava nesse momento em uma posição de honra. Então Judas molhou seu pão no mesmo pote que Jesus, não ao acaso, mas sim porque estavam partilhando do mesmo pote na refeição. João descreve que Jesus deu o pão já molhado as mãos de Jesus. Neste caso a referencia receber o primeiro pedaço do pão também é uma posição de honra, portanto a sequencia mesmo com leve diferença se mantem.
Marcos 14:22-26> SANTA CEIA
Quando Judas se retirou do local, então iniciou-se a descrição da Ceia do Senhor. Jesus abençoou o pão sendo como seu corpo, e o cálice como sendo seu sangue.
Isso ocorre no momento entre o item 3 e 4, onde eles partilham das ervas (com pão) e onde se bebe o vinho e o chefe da casa explica o significado da Pascoa.
Jesus deu aos seus discípulos o novo significado da Páscoa, sendo que Ele agora era o cordeiro pascal, oferecido em sacrifício para salvação de todos. Essa explicação se daria no passo 4.
O ato de comer o pão no ritual da pascoa antiga era uma representação a libertação do povo israelita ao sair do Egito, significava a separação do povo de Deus do pecado, do mundano e das falsas religiões egípcias. Quando ele reparte o pão dá então um novo símbolo para o pão da pascoa, sendo ainda a separação do mundano e do pecado, mas agora através da sua carne sacrificada para libertação de toda a humanidade.
O ato do cálice fazia parte do passo 4, era a representação do sangue do sacrifício, que sempre foi exigido para estabelecer alianças, judeus eram proibidos de beber sangue, então o vinho era a representação do sangue do sacrifício para a aliança entre o povo e Deus, neste ato. E aqui Jesus o usou para dar o significado novo da pascoa através da sua morte. O sangue de Jesus seria derramado em breve como o sacrifício final, para a nova aliança, como Ele mesmo menciona. A aliança que estaria a ser formada através da sua morte.
Em Marcos 14:26 o relato termina “Tendo cantado um hino, saíram para o monte das Oliveiras” . Este hino seria o passo 5, os salmos 113 ao 118.
Marcos 14:27-31> AVISO DE APOSTASIA
A maiorias das versões do texto diz: “Todos vocês se escandalizarão”
A tradução da palavra grega onde está originalmente escrito, seria como Apostasia e também se traduz como cair, afastar, abandonar. É possível ler esse trecho também das seguintes formas: “todos vocês cairão”; “todos vocês se afastarão”.. etc. Apesar de aqui tratar sobre Pedro que negaria Jesus 3 vezes naquela noite, ele fala sobre todos, não apenas Pedro, mas todos.
O texto “ferirei o pastor e as ovelhas ficarão dispersas” é uma citação direta do texto de Zacarias 13:07
A expressão do cantar do galo, na contagem de tempo dos judeus seria as 3:00 da manha (3º vigília da noite para eles).
MARCOS 14:32-42> PASSE DE MIM ESSE CALICE.
GETSEMANI é um jardim que fica na costa oeste do monte das Oliveiras, o monte era cercado de jardins, sendo o Getsemani apenas um deles, era o local onde ficariam as prensas para extrair azeite das oliveiras. O nome Getsemani significa “prensa de azeite”.
Os 11 discípulos estavam com ele, porém eles ficaram mais afastados, e para mais perto Jesus levou Pedro, Tiago e João.
No verso 33 Jesus diz aos 3 que está triste, angustiado, e pede que fiquem em vigia, e quando retorna, no verso 37 é possível ver o tom de tristeza e repreensão ao encontra-los dormindo, principalmente Pedro. O nome original de Pedro era Simão, e Jesus o renomeou de Pedro, portando no verso 37 quando lemos “Simão, você esta dormindo?” É como quando um pai/mãe quer repreender seu filho e o chama pelo nome completo João Afonso da Silva, você ainda tá dormindo? O tom era de repreensão porque Jesus havia avisado que era um momento de angustia para Ele, que era um momento de apreensão, que deveriam ficar atentos, ou no mínimo se importar com Ele.
No verso 36, a oração de Jesus começa com “Aba” é aramaico, significa “papai” um termo de intimidade. E Jesus diz “tudo te é possível, passa de mim esse cálice” ou seja, poderia ser de outro jeito, a humanidade poderia ter a chance de ser salva de outra forma, mas o plano era esse, o cálice que deveria ser bebido era dessa forma.
No antigo testamento, um cálice é frequentemente associado a ira divina contra o pecado (você pode encontrar referencias disso em Isaias 51:17; Jeremias 25:15-17; Habacuque 2:16). Não é atoa o uso da expressão ‘passar o cálice’, tendo em vista que todo o pecado do mundo estaria sobre suas costas, e ele beberia da ira de Deus no dia seguinte.
O mesmo texto em Lucas 22:44 diz que a agonia de Jesus era tanta que um anjo apareceu para o confortar, e mesmo assim o seu suor tornou-se sangue.
A medicina chama essa condição de soar sangue de hemitidrose, está ligada ao alto grau de estresse psicológico. A ansiedade extrema ocasiona a liberação de produtos químicos no corpo que rompem os vãos capilares nas glândulas sudoríparas. E como consequência, essas glândulas sangram, e o suor brota na pele, misturado com sangue.
MATEUS 26:47> A PRISÃO
Judas conhecia esse lugar, portanto sabia que Jesus estaria ali (isso esta escrito em João 18:01). Então Judas chega no monte com uma turba de soldados, uma turba é a palavra que usamos pra falar de um grupo em desordem. Em Marcos 14:43 diz que essa turba foi enviada pelos principais sacerdotes, escribas(fariseus) e anciões do templo, esses 3 grupos são exatamente os grupos que compõem o sinédrio, então entendemos que o Sinédrio os havia mandado junto com Judas, se tratam de soldados do templo, ou seja soldados judeus. Acredita-se que haviam também soldados romanos, enviados por Pilatos a pedido dos saduceus, cujo objetivo deles não seria prender Jesus, e sim apenas manter a ordem. Quem prenderia Jesus seriam os soldados judeus, os romanos apenas acompanhariam.
Em Mateus, Marcos e Lucas, Judas indica quem é Jesus através de um beijo. Um beijo na face era de um tipo de comprimento de costume entre as pessoas da época. Em João 18:04-08 relata que Jesus pergunta ao grupo “QUEM VOCÊS BUSCAM” a pergunta se repete 2 vezes. E eles respondem “JESUS”. João mostra aqui o quanto Jesus se preocupava que não prendessem nenhum dos 11 discípulos, apenas Ele mesmo.
Então Pedro retira sua espada e corta a orelha do soldado Malco. Somente João diz que é Pedro quem faz isso, nos demais evangelhos essa cena existe, porém sem o nome do autor do golpe e do soldado. E somente em Lucas 22:51 diz que Jesus curou a orelha do soldado.
A cura é importante, pois Jesus a fez sem que ninguém pedisse, e sem que o curado demonstrasse fé. É uma das poucas curas descritas na bíblia, que Jesus faz sem que a pessoa peça ou tenha fé. Foi um milagre, porém ninguém ali parece ter se importando com a grandiosidade desse milagre.
Voltando para os relatos de Mateus, Jesus pede que guardem as armas, e complementa dizendo:
“Acaso pensas que não posso rogar ao meu Pai e Ele me enviaria nesse momento mais de 12 legioes de anjos?” (Mateus 26:53)
1 legião são 6.000 soldados. 12 legiões seriam 72.000 anjos. Em 2 Reis 19:35 diz que 1 único anjo em 1 única noite matou mais de 185.00 homens. Jesus usou um numero absurdamente grande para mostrar a Pedro e aos soldados o quanto era desnecessário brigarem, pois Ele, Jesus, estava se entregando por livre vontade.
Mateus e Marcos terminam dizendo que todos os discípulos fugiram do lugar.